Blog Amil

Autismo

 O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno no desenvolvimento neurológico da criança que causa alterações na comunicação verbal e não verbal, dificuldade ou até mesmo ausência de interação social e mudanças comportamentais. O autismo pode ser detectado nos primeiros anos de vida entre 1 e 2 anos, até mesmo antes em quadros mais graves.

autismo

Existem 3 níveis do transtorno, sendo:

autismo nível 1 é o mais leve, as crianças apresentam dificuldades para se relacionar e interagir socialmente.

No autismo nível 2, as crianças podem ter um nível um pouco mais grave de deficiência nas relações sociais e na comunicação verbal e não verbal.

Além disso, são mais inflexíveis. Podem também ter comportamentos repetitivos e dificuldade com mudança.

No nível 3, ficam os déficits mais graves em relação à comunicação verbal e não verbal.

Comportamentos como a dificuldade para lidar com mudança e ações repetitivas, se tornam piores.

QUAIS SÃO OS SINAIS DO AUTISMO?

  • Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
  • Não atender quando chamado pelo nome;
  • Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
  • Alinhar objetos;
  • Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise caso sai dela;
  • Não brincar com brinquedos de forma convencional;
  • Fazer movimentos repetitivos sem função aparente, como se balançar, até mesmo se bater;
  • Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
  • Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
  • Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
  • Girar objetos sem uma função aparente;
  • Interesse restrito por um único assunto;
  • Não imitar;
  • Não brincar de faz-de-conta, entre outras coisas da imaginação da criança:

Alguns sinais também podem passar despercebidos como apresentar dificuldades para dormir, agitação ou irritabilidade, agressividade. Mesmo havendo vários desafios pessoas com autismo apresentam também muitas qualidades no aprendizado como a ler, escreve, facilidade em aprender e solucionar problemas numéricos e artes em geral.

AS SUPOSTAS CAUSAS DO AUTISMO:

As causas do autismo ainda não são totalmente conhecidas, contudo, estudos mais atuais sugerem que os fatores genéticos, hereditários e ambientais, são os principais relacionados com o desenvolvimento do transtorno.

Algumas das possíveis causas ou que apresentam maiores riscos de desenvolvimento do autismo:

  • Causa hereditária: pessoas com familiares com a síndrome;
  • Doenças genéticas: ter algumas doenças genéticas, como as  síndromes de Down, do X frágil, de Rett e esclerose tuberosa;
  • Fatores ambientais: como consumo de bebidas alcoólicas, tabaco, medicamentos ou outras drogas durante a gestação;
  • Complicações na gravidez e no nascimento como: gravidez de alto risco, parto induzido ou até mesmo baixo peso ao nascer;
  • Pais com idade avançada.

TRATAMENTO

O tratamento é indicado somente por especialistas e o objetivo é reduzir os sintomas a partir do desenvolvimento e aprendizado. Cada pessoa autista tem sua própria dificuldade, por esse motivo a mais de um método de tratamento.

ALUMAS OPÇÕES DE TRATAMENTO:

— Fonoaudiologia: É concentrado no tratamento das habilidades de linguagem e comunicação.

— Ludoterapia: É importante para crianças diagnosticadas com autismo. Que é por brinquedos e jogos que atraem o interesse da criança, o terapeuta trabalha a interação social e o contato visual.

— Os grupos de apoio: reuniões entre pessoas que têm autismo, do grau mais leve até o mais grave, para praticar interações.

— Psicoterapia aplicada para autismo: como Análise aplicada do comportamento (ABA): é uma análise comportamental da criança por meio dos princípios da teoria do aprendizado. Isso tem o objetivo de amenizar certos comportamentos e estimular outros, como, por exemplo, o modo como a criança lida com os lugares diferentes.

— Terapia Ocupacional: no tratamento de autismo voltada à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras, incluindo o transtorno do espectro autista.

— Medicamentos: não existe uma medicação direcionada propriamente ao tratamento do autismo. Mas tem remédios que podem ajudar a melhorar alguns problemas que aparecem em pessoas com autismo, como a ansiedade, hiperatividade, alteração de humor, entre outros.

  A confirmação do diagnóstico de autismo deve ser feito por um grupo de especialistas, que pode incluir pediatra, psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo e neuropsicólogo, é geralmente feito através da observação da criança ou adolescente, de informações sobre a idade dos pais, gestação e parto, e da realização de alguns testes de diagnóstico e exclusão de outras patologias, como exame de sangue, eletroencefalograma e testes auditivos.

O transtorno autista não é uma doença e sim um modo diferente de se expressar e agir. O autismo não tem cura e não se agrava, mesmo com o avanço da idade ele não tem alteração. Mas é importante ter um diagnóstico precoce para que o tratamento seja iniciado e assim promover uma melhor qualidade de vida.

Portanto, como em todo e qualquer transtorno é necessário de acompanhamento médico, caso tenha algum familiar com as características do autismo procure quanto antes um especialista na área de Neurologia ou Psiquiatria para que o desenvolvimento social, seja o melhor possível.

Autor: Guilherme Barros, CEO da Marazul Corretora

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *