Recentemente tivemos a notícia da compra da Clinipam pelo Grupo Intermédica Notre Dame (mais conhecido como GNDI) e já fez com que as demais operadoras se mexessem, tudo isso porque eles são bons no que fazem, não à toa que o GNDI com atuação muito forte no estado de São Paulo tem mais de 4 milhões de beneficiários e dá muito trabalho aos concorrentes, já fizeram diversas aquisições nos últimos anos. Podemos considerar 3 diferenciais: primeiramente é preço aliado com serviços de qualidade, segundo que tem em sua raiz o trabalho focado na verticalização no atendimento, rede própria com muitas opções, o que para outros é uma tendência para eles já é realidade há muito tempo, assim consegue gerenciar melhor os custos, e terceiro, fazem uma seleção extremamente rigorosa para aceitar empresas clientes, cuidam muito da sua carteira, afinal ela não quer reajustar em 20, 30, 40% os contratos de seus clientes, portanto o foco é na gestão de saúde para ter uma carteira saudável.
Curitiba é um mercado muito fechado quando se fala em planos de saúde, praticamente temos 5 ou 6 operadoras cada uma trabalhando no seu nicho de público e mercado, não se vê concorrência assídua, isto é fato.
Antes do anúncio do GNDI a própria Amil lançou novos planos para Curitiba, também buscando trabalhar com a verticalização da rede, a SulAmérica lançou o seguro saúde denominado “Direto Curitiba” um plano regional com custo acessível, segundo que ouço do mercado a própria Unimed Curitiba estaria se mexendo para fazer frente a tudo isso. Nesta semana foi anunciado a compra da Paraná Clinicas junto com o hospital Santa Cruz pela Rede D’Or São Luiz, sendo o maior grupo hospitalar privado do país, com 46 hospitais, 7,5 mil leitos e dezenas de clínicas especializadas e presentes nas principais capitais do país, e por último a mais recente notícia a compra do Hospital Pilar pela holding de serviços de saúde paulista Hospital Care.
Vemos que Curitiba entrou na rota das aquisições e reestruturações, virou a menina dos olhos dos grandes grupos empresariais da saúde, isso é muito bom para as pessoas, empresas e consultores da área, como eu sou. Acredito que em 2020 será um ano de mudanças, vamos ter uma concorrência real, com certeza esse mercado não será o mesmo em relação a oferta de planos de saúde, seja pessoa física ou jurídica.
Autor: Guilherme Barros, consultor de planos de saúde empresarial