Reajuste em planos de saúde individual e para empresas pode ser definido nesta terça-feira, 18 de maio de 2021, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) foi agendado uma reunião afim de estabelecer os valores que por sua vez sofrem uma alteração anual.
A reunião será desenvolvida para que uma correção seja feita nos valores dos planos de saúde individuais. Dados apontam que os mais de 8 milhões de beneficiários pelos planos que a ANS rege venham a ter uma redução em seus planos de convênio médico.
Segundo a ANS, suas regras definem o percentual de correção dos planos individuais, porém seu número exato só será divulgado após o aval no Ministério da Economia. Comumente a pasta comandada por Paulo Guedes costuma ter uma certa demora para que seu índice seja anunciado, há quem diz que dessa vez poderá ocorrer de forma mais ágil, visto a ansiedade do mercado.
A queda de mensalidades pode ter sua explicação através da redução no uso de planos de saúde durante o ano anterior (2020). Devido ao isolamento social que se vive atualmente por conta da pandemia do novo coronavírus, a quantidade de procura e realização de exames sofreu com uma queda, assim como as cirurgias eletivas que por sua vez na maioria dos casos eram canceladas devido aos decretos de cada estado. Logo as operadoras de planos de saúde passaram a ter menos gastos e começaram a lucrar mais.
Ao entendimento da ANS, no que deve ser as empresas têm de repartir os seus ganhos com os consumidores, e isso se dará através da redução de valores nas mensalidades ou inclusive até mesmo pela variação zero de um total desembolsado mês a mês pelos beneficiários dos convênios médicos.
Planos de saúde coletivos e empresariais terão aumento
Segundo Renato Cassarotti, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), há uma certa “probabilidade” de que a ANS venha a optar por estar reduzindo os valores de planos individuais por conta da queda de custos que as operadoras sofreram em 2020 quando ocorre uma comparação de 2019, o presidente ressalta que, ainda que nesse ano, o uso de planos de saúde tenham tido um aumento, isso certamente será refletido em 2022, quando a ANS retomar a sua análise para a correção anual dos convênios médicos. Ele comenta que ainda que ocorra as quedas de preço deverão ser restritas aos planos individuais.
Ainda que este momento de pandemia e o desemprego alto, existe uma perspectiva de que o mercado de planos de saúde venha a crescer neste ano, 2021.
As projeções da Abramge, apresentam uma taxa de crescimento no ramo, superando 1,2 milhão de novas adesões, fazendo com que o mercado passe de 47,6 milhões para uma taxa aproximada de 48,8 milhões de convênios.
Autor: Guilherme Barros, consultor de plano de saúde